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História

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De acordo com o livro "A Saga do Camisão Rumo a Ipirá", de Dilemar Costa, o primeiro rancheiro da atual Ipirá foi o português Valério Pereira de Azevedo, que recebeu as terras do Rei de Portugal, em meados do século XVII. Conhecido como o "Homem do Camisão", por trajar camisolões semelhantes a chambres, de algodão rústico, derivou de suas roupas o topônimo “Camisão” para o rancho, que se tornaria depois "Fazenda" e em seguida, "Povoado do Camisão". Porém não há nenhuma fonte documental que comprove tais afirmações.

 

A história registra frequentes embates entre índios e colonizadores, desde Tapuias e Tupis originalmente residentes até índios Paiaiás, estes, relacionados a quilombolas fugitivos da zona canavieira. Eram exterminados a mando dos governadores do Estado, por 'sertanistas'(ou jagunços)pagos por ocasião de invasões e confrontos dos índios pela posse da Fazenda Camisão.

 

Em 1753 foi instituída a ‘Freguesia de Sant’Ana do Camisão’, constituída também pelas localidades Nsª. Srª. Rosário do Orobó e a de Nsª. Srª. Das Dores do Monte Alegre. No século seguinte, em 1855, pela Resolução Provincial n° 520, de 20 de abril de 1855, com o topônimo de Santana do Camisão, em homenagem a sua antiga referência, passando à categoria de Vila, por congregar mais outras freguesias como as de Baixa Grande, Mundo Novo, Gavião e Serra Preta. Nessa ocasião foi desmembrada da Comarca de Feira de Santana e integrada à de Cachoeira, perdendo também algumas das suas localidades associadas que foram emancipadas à condição de Freguesia, como Serra Preta, Nsª. Srª. Rosário do Orobó e Monte Alegre.

 

Ipirá foi “Povoado do Camisão”, "Freguesia de Sant’Ana do Camisão", "Vila de Sant'Ana do Camisão" até 20 de julho de 1931 - pelo Decreto n° 7.521, de 20 de julho de 1931, passando a chamar-se Ipirá, nome de origem indígena cujo significado é "Y" (rio) e "Pira" (peixe) - "Rio de Peixe", em referência ao rio piscoso que corta o município.

 

 “A ocupação de Ipirá começou no mesmo contexto dos demais municípios situados próximos ao Rio Paraguaçu, pois o mesmo era a principal fonte de ligação entre o recôncavo, a capital e o interior do Estado”.